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Body shaming

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Uma mulher com sobrepeso sendo retratada sofrendo bullying em uma propaganda de 1942 para um suplemento dietético

Body shaming (em tradução livre: ridicularização do corpo) é um termo em inglês para o ato de ridicularizar, zombar ou criticar a aparência física de uma pessoa. Body shaming é amplo e pode incluir, embora não esteja limitado a ridicularização da gordura, magreza, altura, pelos (ou falta deles), cor do cabelo, formato do corpo, muscularidade (ou a falta dela), aparência (características faciais) e, em seu sentido mais amplo, pode até incluir a ridicularização de tatuagens e piercings ou doenças e condições que deixam marcas físicas, como a psoríase.[1]

Em um estudo de filmes e livros infantis sobre a mensagem sobre a importância da aparência, a mídia voltada às crianças estava fortemente saturada de mensagens enfatizando a atratividade como parte importante dos relacionamentos e da interação interpessoal.[2] Entre os filmes usados no estudo, dois filmes da Disney continham o maior número de mensagens sobre beleza pessoal. Este estudo também descobriu que 64% dos vídeos estudados retratavam personagens obesos como pouco atraentes, malvados, cruéis e hostis, e mais da metade das representações envolviam o consumo de comida ou a consideração em comer.[3]

Algumas formas de body shaming têm origens antigas na superstição popular, como o preconceito contra o cabelo ruivo.[4] As formas de discriminação também podem diferir significativamente dependendo da faixa etária. Por exemplo, entre os pré-adolescentes, adolescentes altos às vezes são descritos como desajeitados e às vezes enfrentam termos pejorativos depreciativos, como "magrelo", "magricela". No entanto, na idade adulta, essas atitudes pouco lisonjeiras normalmente sofrem uma reversão, já que a altura é tipicamente valorizada entre os adultos.[5]

Às vezes body shaming pode se estender a uma percepção de alguém que não demonstra masculinidade ou feminilidade suficientemente. Por exemplo, homens com quadris largos ou seios proeminentes ou sem pelos faciais às vezes são ridicularizados por parecerem femininos.[6] Da mesma forma, as mulheres são ridicularizadas por sua falta de feminilidade por parecerem ter uma protuberância de homem (marca/volume da genitália),[7] ou por terem ombros largos, características que são tipicamente associadas aos homens.[6]

Níveis extensos de body shaming podem ter efeitos emocionais negativos, incluindo uma redução na autoestima e outros problemas, como distúrbios alimentares, ansiedade, distúrbio de imagem corporal,[8] transtorno dismórfico corporal e depressão.[9] Além disso, body shaming pode levar à depressão grave, especialmente quando as pessoas sentem que seu corpo não pode atender aos critérios sociais.[10]

Referências

  1. Chen, Hong, and Todd Jackson. "Are cognitive biases associated with body image concerns similar between cultures?." Body Image 2.2 (2005): 177-186.
  2. Herbozo, S.; Tantleff-Dunn, S.; Gokee-Larose, J.; Thompson, J.K. (2004). «Beauty and thinness messages in children's media: A content analysis». Eating Disorders. 12: 21–34. PMID 16864302. doi:10.1080/10640260490267742 
  3. Greenberg, B.; Eastin, M.; Hofschire, L.; Lachlan, K.; Brownell, K. (2003). «Portrayals of Overweight and Obese Individuals on Commercial Television». American Journal of Public Health. 93: 1342–1348. PMC 1447967Acessível livremente. PMID 12893625. doi:10.2105/AJPH.93.8.1342 
  4. Dettmar, Esther Katherine. Revising identification: fairy tales that transform tradition from within. Diss. University of Illinois at Urbana-Champaign, 2016.
  5. Chen, Hong, and Todd Jackson. "Are cognitive biases associated with body image concerns similar between cultures?." Body Image 2.2 (2005): 177-186.
  6. a b Namaste, Ki. "Genderbashing: Sexuality, gender, and the regulation of public space." Environment and Planning D: Society and Space 14.2 (1996): 221-240.
  7. Maharana, Kabita (2 de agosto de 2017). «'Is that your d***': Bella Thorne body shamed for posing in see-through bra top and boxer». International Business Times UK (em inglês). Consultado em 2 de outubro de 2021 
  8. Artoni, P.; Chierici, M. L.; Arnone, F.; Cigarini, C.; De Bernardis, E.; Galeazzi, G. M.; Minneci, D. G.; Scita, F.; Turrini, G. (1 de março de 2021). «Body perception treatment, a possible way to treat body image disturbance in eating disorders: a case–control efficacy study». Eating and Weight Disorders - Studies on Anorexia, Bulimia and Obesity (em inglês). 26: 499–514. ISSN 1590-1262. doi:10.1007/s40519-020-00875-x 
  9. Matheson, Mikayla. "Women’s Body Image in the Media: An Analytical Study of Recent Body Image Movements across Media Platforms." (2017).
  10. Sick, Kelsey; Pila, Eva; Nesbitt, Amy; Sabiston, Catherine M. (setembro de 2020). «Does self-compassion buffer the detrimental effect of body shame on depressive symptoms?». Body Image (em inglês). 34: 175–183. PMID 32604022. doi:10.1016/j.bodyim.2020.05.012